Gestão de estoque de móveis: o que é, quais os tipos e como fazer?

Você aplica a gestão de estoque de móveis? A ausência dela pode desencadear uma série de consequências críticas, tanto para a estrutura organizacional da empresa quanto para a satisfação do cliente.

Vamos entender mais sobre o tema? Continue a leitura deste post e fique por dentro de tudo que envolve o gerenciamento de estoque moveleiro!

O que é gestão de estoque de móveis?

A gestão de estoque de móveis é a atividade que realiza o controle de todos os produtos fabricados que compõem o nosso armazém ou depósito. Esses produtos podem ser mesas, cadeiras, estantes, armários ou qualquer outro item que faça parte do portfólio da empresa.

Geralmente, a prática engloba ações como controle de entrada e saída de produtos, inventário, monitoramento de movimentações, planejamento de reposição e análise de demanda.

Quais são os pilares da gestão de estoque?

Para que a gestão de estoque de móveis surta efeito, ou seja, traga ganhos realmente significativos para a empresa, é necessário que a prática seja pautada em cima de quatro pilares. Acompanhe!

Previsão da demanda

Quando os nossos produtos serão procurados pelos clientes?

A previsão da demanda consiste em descobrir e entender o período em que as mercadorias serão requisitadas pelo mercado.

Para fazer uma boa previsão da demanda, recorremos à análise de dados históricos de vendas, responsável por identificar padrões sazonais, variações no consumo e tendências de mercado.

Quanto mais previsibilidade a empresa possui, melhor será para ela planejar a produção e garantir que o estoque tenha produtos suficientes para atender à procura.

Tempo de reposição

Qual o tempo ideal para repor os produtos em estoque?

Existe uma métrica chamada giro de estoque, que trata da circulação (compra e venda) que os produtos têm em um determinado período.

Ter conhecimento sobre o histórico de circulação é importante para a empresa entender o tempo médio para repor os produtos e se preparar com antecedência para assegurar que nenhum estoque chegue a zero.

Para descobrir o tempo médio de reposição, é necessário utilizar indicadores como a taxa de giro e a média de vendas mensais.

Ponto de pedido

O ponto de pedido é um indicador que se refere ao momento ideal para a empresa fazer a compra, ou seja, quando ela deve adquirir novos materiais e insumos para fabricação dos seus itens.

Embora aqui estejamos falando de matéria-prima para produção, o ponto de pedido também é um pilar da boa gestão, pois a falta de qualquer componente impacta diretamente na fabricação das peças e, consequentemente, na disponibilidade de produtos prontos.

Mas qual é o ponto de pedido da sua empresa? Para descobrir, deve-se calcular considerando o consumo médio e o tempo de reposição.

Controle do inventário

O inventário é um processo no qual praticamente listamos tudo que o nosso estoque possui. Em termos simples, é fazer a contagem de cada produto disponível, bem como dos insumos usados para a fabricação das peças.

Existem vários tipos de inventários que podem ser usados, desde o inventário periódico (realizado em intervalos fixos), o inventário rotativo (aplicado de forma contínua e amostral) até o inventário permanente (que é atualizado em tempo real ao longo das movimentações).

Quais são os tipos de estoque de móveis?

Quando entramos no universo do estoque, precisamos entender que ele é bem complexo e possui várias classificações. Uma delas, inclusive, envolve os tipos de estoque, modalidades que a empresa deve implementar para armazenar e gerenciar seus produtos.

Estoque de matéria-prima

É composto pelos insumos que serão utilizados na fabricação dos móveis. Aqui entram madeiras, tecidos, ferragens, colas, vernizes e todos os materiais que compõem as peças finais.

Manter um bom estoque de matéria-prima é muito importante para garantir a continuidade da produção. Por isso, é necessário existir um controle rigoroso das quantidades disponíveis e das datas de validade para evitar tanto o excesso quanto a escassez de materiais. A reposição deve ser planejada conforme o consumo médio e o tempo de reposição do fornecedor.

Estoque de produtos em processo

O estoque de produtos em processo inclui os móveis que estão na fase de produção, ainda não finalizados. Ou seja, são peças que já passaram por alguma etapa da fabricação, mas que ainda precisam de acabamento, montagem ou outros processos para estarem prontos para comercialização.

A gestão desse tipo de estoque exige organização e acompanhamento de perto das etapas produtivas. A falta de controle pode resultar em acúmulo de peças inacabadas, desperdício de espaço e até perda de recursos.

Estoque de produtos acabados

É composto pelos móveis já finalizados e prontos para a venda. Para facilitar o acesso na hora da venda e evitar danos durante o armazenamento, é de suma importância que a empresa mantenha esses itens armazenados em um local adequado, que ofereça segurança e possibilite uma boa organização.

Aqui, o uso de códigos de barras e sistemas de inventário automatizados podem simplificar o controle e garantir maior precisão na contagem.

Estoque de produtos obsoletos

O estoque de produtos obsoletos é realizado em cima dos itens que perderam valor comercial ou que não têm mais saída no mercado.

Aqui, deve-se aplicar estratégias para identificar rapidamente os itens que estão parados há muito tempo para liberar espaço e impedir custos desnecessários de ocupação e manutenção.

Como deve ser feita a gestão de estoque de móveis?

Agora, que entendemos o que é gestão de estoque de móveis, quais seus pilares e os principais tipos, é hora de avaliar as etapas que precisam compor o planejamento para que a sua empresa possa realizar um bom controle.

Passo 1: Planejamento de estoque

Primeiramente, defina o espaço físico que será usado para armazenar os produtos. Nesse processo de decisão, considere fatores como volume, peso e vulnerabilidade, pois, uma vez que o espaço for definido, não terá como alterar futuramente sem que isso desencadeie novos investimentos.

Para um bom planejamento, recomenda-se o uso de um layout, ou seja, setorizar os produtos conforme a categoria para evitar confusões e agilizar o processo de localização. Ainda, apostar na organização vertical, com prateleiras e pallets, também pode ser interessante.

Passo 2: Controle de entrada e saída

Registre cada movimentação, desde a entrada de matérias-primas e produtos acabados até as saídas para vendas ou transferências para assegurar que tudo no armazém está sendo monitorado e controlado.

Nessa etapa, sua empresa pode usar sistemas de gestão integrados com códigos de barras e leitores ópticos para garantir que cada movimentação seja registrada no exato momento em que ela ocorre.

Passo 3: Inventário periódico

Faça a contagem física dos itens em intervalos regulares, por exemplo, mensal, trimestral ou, então, semestral. Isso vai fazer com que os registros estejam sempre alinhados com a realidade da empresa e que surpresas desagradáveis, como falta de produtos ou divergências de estoque, não ocorram no futuro.

Para garantir a aplicação desse inventário, estabeleça um cronograma fixo e atribua responsabilidades para cada membro da equipe.

Passo 4: Análise de demanda e reposição

Analisar a demanda e reposição é importante para evitar o excesso e a escassez de produtos, além de garantir que as vendas não serão prejudicadas por falta de mercadorias.

Essa análise deve ser feita em cima de histórico de vendas (que demonstram padrões de consumo), tendências de mercado (que indicam a preferência dos clientes) e fatores sazonais, como datas comemorativas e mudanças climáticas que podem influenciar a procura.

Passo 5: Monitoramento

Acompanhe o giro dos produtos, de preferência diariamente, para identificar quais peças têm maior ou menor rotatividade. Essas informações serão valiosas para, por exemplo, prever necessidades futuras e corrigir problemas internos que podem evoluir e se tornar mais críticos.

Não sabe como manter esse monitoramento contínuo? Utilize sistemas que gerem relatórios automáticos e trabalham com indicadores de desempenho.

Quais são as melhores práticas de gestão de estoque de móveis?

Além do passo a passo acima, existem outras táticas que podem ser aplicadas para a empresa de móveis melhorar a gestão. Confira quais são agora mesmo!

Utilize a tecnologia como aliada

Sempre que se fala em tecnologia, é preciso ter atenção ao que ela realmente pode fazer pelo seu negócio. Ferramentas como um software específico para o setor de móveis podem simplificar todo o processo de gestão, organizar melhor as informações e automatizar tarefas.

Treine a equipe

Independentemente da ferramenta que será utilizada para a gestão, não podemos deixar de treinar os colaboradores que ficarão responsáveis pelo controle de estoque. E quando falamos em treinamento, não estamos nos referimos apenas a investimentos em cursos e workshops. É preciso treiná-los para que saibam o que fazer e porque fazer em diferentes situações.

Se tiver dificuldade de começar, inicie atribuindo a função de líder a alguém de confiança, que ficará encarregado de analisar a rotina dos processos, monitorar o funcionamento do sistema e direcionar as pessoas a como fazer.

Trabalhe com um modelo de reposição

Você pode escolher entre duas formas de reposição: contínuo e periódico.

No modelo contínuo, a empresa compra produtos com maior frequência, mas mantém em estoque uma quantidade menor de mercadorias. Dessa maneira, é possível diminuir os custos de armazenagem e evitar perdas e mesmo a compra equivocada de produtos. Já no modelo periódico, a reposição consolida pedidos recebidos em uma data precisa, o que permite mais negociação com os fornecedores.

É possível trabalhar com ambos os modelos, desde que você tenha conhecimento da demanda de cada produto.

Crie parcerias com fornecedores

Qualquer empresa depende do trabalho dos fornecedores para ter bons resultados. Sendo assim, construa uma boa relação com eles, visando sempre a parceria de longo prazo.

Com a boa relação, você terá como negociar questões como prazos de entrega, condições de pagamento e até eventuais mudanças no padrão de negócio. Pense também em eventualidades como a antecipação da entrega. Quando existe uma relação de parceria entre as partes, isso pode ser feito com maior tranquilidade.

Quais são as causas de desperdícios na indústria moveleira?

Nesse ponto do conteúdo, algumas pessoas ainda podem se perguntar: “Será que é preciso mesmo fazer essa gestão de estoque de móveis?”

A resposta é uma só: sim! Isso porque ajuda a combater as causas de desperdícios que levam muitas indústrias moveleiras ao vermelho:

Controle de estoque imprevisível

Os profissionais não sabem com exatidão quantos produtos têm no estoque, nem se essa quantidade é suficiente para atender a demanda. Muitas vezes, isso leva a empresa a lidar com ruptura de estoque, acúmulo de mercadorias e, em casos extremos, insatisfação dos clientes com os produtos.

Produtos que se tornam obsoletos

O mercado não mantém os mesmos gostos e suas preferências oscilam de tempos em tempos. Isso significa que o produto de ontem pode não ser desejado amanhã, e que uma peça específica no estoque pode, sim, tornar-se obsoleta. Uma vez que isso ocorre, a empresa precisa lidar com gastos de armazenamento desses produtos ou, então, descarte do item.

Excesso ou má utilização de embalagens

Cada móvel precisa ser embalado corretamente para evitar acidentes ou danos físicos durante o seu manuseio. A questão é que muitas empresas acabam exagerando no uso dessas embalagens, levando a desperdícios.

Como a tecnologia pode ajudar a diminuir desperdícios na gestão de estoque de móveis?

Antigamente, a gestão de estoque de móveis era uma atividade que precisava ser realizada muitas vezes à mão. Os gestores precisavam se dirigir até o armazém ou depósito, realizar a contagem manual, anotar dados em planilhas físicas, conferir registros e cruzar informações.

Isso significava que o trabalho era malfeito? Não. Mas era difícil e tomava um tempo importante.

Hoje, com o avanço tecnológico, novas ferramentas, como sistemas de gestão, foram desenvolvidas e disponibilizadas para manter todas as informações concentradas em um só sistema integrado. Assim, tornou-se possível otimizar processos de fabricação, compra e distribuição de produtos.

Essa facilidade garantiu às empresas mais controle sobre suas operações e procedimentos. Ainda, diminuiu desperdícios que antes eram causados pelo trabalho manual e falhas.

Gostou de saber como fazer a gestão de estoque de móveis e como a tecnologia pode ajudar? Então, conheça agora os produtos Promob e veja como podem ampliar o controle da sua empresa de móveis!

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