Por que o setor moveleiro precisa realizar uma boa análise de custos? Entenda como essa prática é capaz de trazer mais lucro e eficiência, além de equilibrar o preço dos produtos.
Sua indústria do setor moveleiro já realiza a análise de custos? Essa ferramenta é responsável por mapear todos os gastos envolvidos na fabricação de móveis e entregar ao gestor maior clareza financeira para que possa equilibrar preços, lucros e eficiência operacional.
Quer entender como? Continue a leitura deste post!
O que é uma análise de custos?
Análise de custos é uma prática que envolve coletar, organizar e examinar todo e qualquer gasto que a empresa incorre na produção do seu produto ou serviço.
Na gestão, o papel da análise é contribuir para a visibilidade dos processos e despesas, permitindo que o gestor possa corrigir ineficiências operacionais ou, então, identificar oportunidades de melhoria para aumentar a rentabilidade.
No contexto do setor moveleiro, sempre que iniciamos o processo de apuração dos custos, queremos otimizar o uso de nossos recursos ou encontrar formas de minimizar gastos para aumentar a margem de lucro.
Qual é a importância da análise de custos no setor moveleiro?
A transformação de uma peça ou móvel precisa passar por diversas etapas até que o resultado final ocorra. Planejamento, seleção de matéria-prima, corte, montagem, acabamento etc. Cada uma dessas etapas consome recursos e, consequentemente, gera um tipo de custo.
O planejamento, por exemplo, envolve o tempo e a expertise dos profissionais. A seleção de matéria-prima demanda pesquisa, negociação e compra de insumos. O corte gera desgaste de máquinas, energia e mão de obra direta. Já a montagem mobiliza horas da equipe e insumos complementares. Por fim, o acabamento envolve desde produtos químicos até processos manuais detalhados.
Assim, pode-se dizer que, quanto maior é o número de processos pelos quais a matéria-prima passa até se tornar o produto pronto, maior será o valor do bem e menor sua competitividade — já que o preço também é um fator que influencia na decisão de compra.
Afinal, o que tudo isso significa?
Que para as indústrias do setor moveleiro manterem sua competitividade e rentabilidade, elas devem aplicar uma boa análise de custos, pois, será a partir deste diagnóstico que o gestor conseguirá reorganizar os recursos envolvidos no processo, reduzir desperdícios e, como resultado, melhorar margens e desempenho financeiro.
Evidentemente, a relação da análise de custos com o setor moveleiro não se baseia unicamente em reduzir preços e aumentar a margem de lucro. Quando a indústria domina o entendimento de sua estrutura de custos, ela automaticamente ganha maior controle operacional. Desse modo, acaba trazendo mais eficiência para dentro da sua própria operação.
Quais são os tipos de custo?
O universo dos custos é dividido em quatro categorias e cada uma delas é composta por uma classe específica de gastos.
Como ao fazer a análise de custos estaremos desmistificando cada componente para identificar uma oportunidade de reduzir gastos, precisamos entender onde se enquadra cada um desses custos para conseguirmos atribuir responsabilidade e tomar ações estratégicas.
Tipo 1: Custos diretos
Aqueles que podem ser claramente atribuídos a um produto específico. No setor moveleiro, isso inclui os materiais que se incorporam ao móvel, como madeira, chapas, tecidos, parafusos, cola, verniz e também a mão de obra diretamente envolvida no corte, montagem e acabamento.
Tipo 2: Custos indiretos
Envolvem os gastos necessários para manter a produção ativa, mas que não podem ser vinculados diretamente a um único móvel. Estamos falando de energia elétrica, manutenção de máquinas, depreciação de equipamentos, EPIs e até o aluguel do espaço. Mesmo que esses custos não apareçam no detalhamento de cada peça, eles compõem o custo total e, portanto, precisam estar no radar do gestor.
Tipo 3: Custos fixos
Aqueles que permanecem estáveis, independentemente da quantidade produzida. No setor moveleiro, entram nessa categoria os salários dos supervisores e gestores, seguros, licenças, contratos de aluguel e até serviços de vigilância.
Tipo 4: Custos variáveis
Oscilam conforme a produção ou a venda aumenta. Aqui entram embalagens, comissões de vendas, consumo extra de materiais auxiliares, fretes e até a conta de energia elétrica que sobe em períodos de maior demanda. Como são proporcionais ao volume produzido, esses custos devem ser monitorados de perto para evitar surpresas.
Como fazer uma análise de custos?
A análise de custos é um processo que está diretamente atrelado à fabricação em uma indústria. Quanto mais procedimentos ela possuir no seu fluxo produtivo, maior será o seu nível de complexidade e, eventualmente, a necessidade de gastos.
Por envolver várias ramificações, é muito importante que, ao fazer uma análise de custos, a empresa do setor moveleiro siga um fluxo padronizado de etapas para evitar falhas.
O time Promob fez uma seleção desses passos. Confira!
Coletar dados
Trata-se de reunir todas as informações relevantes sobre os gastos. Aqui, não basta apenas registrar o valor da madeira ou da energia elétrica. É preciso fazer o levantamento completo, incluindo tudo que interfere na operação, como folha de ponto da equipe, contratos de manutenção, custos de transporte, despesas administrativas e até aquelas pequenas compras emergenciais que no final do mês pesam no orçamento.
Classificar cada custo corretamente
Depois de reunir os dados, é hora de classificar cada custo. Essa etapa será importante para evitar distorções na análise.
Custos diretos, como a madeira usada na produção, precisam ser separados dos indiretos, como a depreciação de uma máquina ou o aluguel da área de produção. Os custos fixos, como salários dos supervisores e seguro da fábrica, também devem ser separados dos custos variáveis, como embalagens e comissões de venda.
Atribuir custos aos produtos ou processos
Aqui, a análise começa a ganhar forma. Desse modo, é preciso distribuir corretamente cada custo dentro dos processos ou produtos. Assim, se uma máquina de corte atende três linhas de móveis, por exemplo, o custo de manutenção pode ser proporcional ao tempo de uso por linha.
Analisar resultados com senso crítico
Com os dados organizados e classificados, chegou o momento de transformar os números em informação estratégica. Então, compare os custos atuais com períodos anteriores e indicadores de mercado. Ainda, identifique desvios, aumentos não previstos e gargalos que impactam a produção.
Esse é o momento de levantar hipóteses: será que o aumento no consumo de energia tem relação com a baixa manutenção preventiva? Ainda, o custo da madeira está fora da curva em função de um único fornecedor?
Implementar ajustes e ações corretivas
A análise de custos só cumpre seu papel quando gera mudanças na linha de produção. Por isso, se os relatórios mostram aumento nos custos de insumos, talvez seja hora de renegociar contratos ou buscar fornecedores alternativos. Se a mão de obra improdutiva está elevada, um ajuste de processos ou treinamento pode reduzir o desperdício de tempo.
Monitorar e refinar
Criar uma rotina de acompanhamento mensal ou trimestral dos custos vai permitir que o gestor identifique tendências, antecipe problemas no fluxo produtivo e, principalmente, tome decisões estratégicas com base em dados reais. Resultado: a empresa consegue refinar os processos e a construir uma operação mais enxuta e eficiente.
Quais cuidados tomar ao fazer a análise de custos?
O processo de analisar custos é cheio de detalhes e qualquer descuido, por menor que seja, pode distorcer os resultados. Para evitar armadilhas, vale ficar atento(a) a alguns pontos:
- Classificação errada de custos: misturar custos diretos com indiretos gera confusão e faz parecer que certos produtos são mais caros ou baratos do que realmente são;
- Base de dados desatualizada: preços de madeira, cola, tecidos ou até tarifas de energia mudam o tempo todo. Se as referências não forem revisadas, o resultado dos cálculos pode ser comprometido;
- Falta de rastreabilidade: sem critério para saber onde cada gasto se encaixa, fica praticamente impossível entender de onde vem cada custo e, principalmente, onde reduzi-los;
- Excesso de detalhes: detalhar demais também pode atrasar a análise e engessar decisões. Logo, é importante encontrar o equilíbrio entre a precisão das informações e a agilidade;
- Desconsiderar fatores externos ou sazonais: férias coletivas, picos de pedidos ou paradas para manutenção de máquinas afetam os custos e precisam ser considerados para que a análise reflita a realidade da empresa.
Como garantir uma análise de custos precisa?
Hoje, as empresas do setor moveleiro não precisam mais depender de processos manuais para fazer a análise de custos. Uma vez que elas podem contar com tecnologias que concentram informações para:
- Acompanhar de perto todos os gastos;
- Gerar alertas de desvios;
- Emitir relatórios que fornecem uma visão aprofundada sobre o que a empresa está gastando e porquê.
Se você busca uma ferramenta para ajudar na sua gestão, conheça melhor o Promob, solução certa para o setor moveleiro.


