Otimizar os custos de produção da sua fábrica de móveis é uma maneira de conquistar uma vantagem competitiva para o negócio sem necessariamente aumentar as vendas ou a produtividade.
Com investimentos inteligentes, técnicas mais avançadas de gerenciamento de recursos e, claro, ferramentas tecnológicas, é possível eliminar desperdícios e fazer com que a empresa consiga operar de forma mais enxuta, fazendo mais com menos.
Neste artigo, explicaremos quais são as principais bases de custos de produção em uma fábrica de móveis e como eles podem ser otimizados. Aprenda!
O que são os custos de produção?
Os custos de produção são todo tipo de gasto necessário para a operação e produtividade de uma fábrica. É essencial para um gestor conhecer não só quais são os seus custos, mas também as características deles: um custo pode ser direto ou indireto, variável ou fixo, recorrente ou não recorrente, por exemplo.
“Os custos são a base para a formação do preço de venda, com isso pode-se definir o quão competitiva a empresa se torna no mercado”, explica Cristian Vieira, gerente de implantação do ERP da Promob.
Uma formação de preço de venda indevida impactará diretamente na rentabilidade dos negócios e consequentemente na capacidade de investimento.
O custo real de produção de um produto vai muito além de matérias-primas e mão de obra. Para compreender melhor quais são esses gastos, vale a pena categorizá-los entre custos diretos ou custos indiretos, também chamados de despesas.
Os custos diretos são aqueles diretamente conectados e mensuráveis na produção de um produto. No caso de uma fábrica de móveis, chapas de madeira e horas despendidas pelos colaboradores são custos diretos.
Por outro lado, os custos indiretos ou despesas são gastos que não estão diretamente ligados com o processo de produção do produto, mas incorporam valor a ele por critérios de rateio. A eletricidade, o desgaste das máquinas e investimentos em ferramentas e novas tecnologias são custos indiretos.
Além de direto ou indireto, um custo pode ser também variável ou fixo. Um custo variável é aquele que sofre alteração conforme o volume produzido. Logo, chapas de MDF são um exemplo natural de custo direto variável. Por outro lado, a eletricidade é um custo indireto, mas também variável.
Já um custo fixo é aquele cujo valor não se altera em relação direta ao volume produzido. Um novo software é um exemplo simples de custo indireto fixo.
Como calcular os custos de produção?
Para mensurar com exatidão todos os custos de produção de uma fábrica de móveis, é preciso antes uma estruturação dos processos de trabalho. É natural que uma empresa conheça bem seus gastos com matéria-prima, mão de obra e despesas com eletricidade, mas nem toda gestão faz um cálculo meticuloso de como esses custos vão interferir nos preços finais dos produtos.
Para compreender melhor onde é possível otimizar e como isso deve ser feito, é muito importante uma análise mais profunda e a estruturação dos processos. “Com base nas coletas de dados no processo produtivo é possível realizar análise e identificar melhorias, aumentando a eficiência, otimizando custos e possibilitando uma maior competitividade” detalha Cristian Vieira.
Com processos bem definidos e descritos, é mais fácil coletar quais são as entradas e saídas de cada um deles. Isso permitirá o cálculo simples de todos os custos diretos envolvidos. Para os custos indiretos, é necessário conhecê-los e fazer o rateio deles em relação a produtividade da fábrica.
Isso significa que, se a fábrica consegue aumentar sua produtividade é bem esperado que o impacto dos custos indiretos seja bem menor sobre os preços, especialmente aqueles que são fixos.
Fazer toda essa matemática manualmente pode até funcionar, mas não é a forma mais adequada de compreender os custos de produção da fábrica.
Com a utilização de um software ERP especializado, é possível realizar esse trabalho com muito mais precisão, velocidade e eficácia. “Com o ERP é possível monitorar todos os custos e gerar análises, possibilitando comparar e acompanhar possíveis distorções entre o custo padrão e o custo real”, afirma Cristian.
Como otimizar os custos de produção?
É possível otimizar os custos de produção em várias frentes, mas para todas elas é importante que o gestor antes conheça com detalhes quais são esses custos e para que são utilizados. Um erro nesse processo de enxugamento de gastos pode prejudicar a produtividade e até a segurança dos colaboradores.
Uma dica simples de otimização de custos é reduzindo desperdícios com a matéria-prima. Fazer planos de cortes mais inteligentes e saber como reaproveitar sobras é algo simples que pode ser aplicado sem grande esforço em boa parte das linhas de produção.
Também é interessante reduzir os desperdícios com a mão de obra: quem trabalha mais não necessariamente é mais produtivo. O melhor para qualquer empresa é produzir muito com pouco esforço, portanto, evite gastos com horas extras e faça com que cada minuto de um colaborador dentro da fábrica seja direcionado para a produtividade.
Investir em treinamentos e capacitações também pode auxiliar nesse aspecto: com mais conhecimento técnico, os colaboradores serão capazes de trabalhar com mais agilidade e menos erros, otimizando o seu potencial.
E mais um desperdício que pode ser observado dentro da fábrica é o de energia elétrica. Conseguir otimizar os gastos de eletricidade pode reduzir significativamente essa despesa que, muitas vezes, é o segundo ou terceiro maior gasto em uma linha de produção.
Além de equipamentos mais eficientes do ponto de vista energético, decisões de produção mais inteligentes feitas com dados de ERP podem resultar em uma economia de energia bem expressiva.
“O ERP possibilita análise gerencial de todos os dados coletados, centraliza todas as informações, realiza cruzamento das informações e gera informações rápidas e seguras possibilitando tomar decisões mais acertadas”, avalia Cristian.
E vale destacar também que investimentos inteligentes em tecnologias também são maneiras de otimizar os custos. Mesmo que envolvam um gasto imediato maior, máquinas mais avançadas, softwares especializados e outras ferramentas podem causar um impacto na produtividade ou na redução de custos que abrirão uma vantagem competitiva para a fábrica.
“As fábricas buscam se tornar cada vez mais competitivas, todas as tendências levam ao encontro da tecnologia. Os softwares são fundamentais para todo o processo produtivo, a informatização das fábricas aumenta a eficiência no uso da mão de obra e a melhor alocação dos recursos também possibilita organizar os processos produtivos, reduzindo retrabalhos e perdas desnecessárias”, conclui Cristian.
E agora que você já sabe como otimizar as bases dos custos de produção, que tal aproveitar para aprender também como controlar a produção da sua fábrica de móveis com o nosso e-book?
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